Artigo
NO BRASIL : 1980-2003
Entre as grandes endemias, a esquistossomose é uma das doenças que apresentam os problemas profiláticos mais difíceis, por isso, realizou-se um levantamento do número de óbitos de pessoas residentes no Brasil cuja causa básica tenha sido esquistossomose, no período de 1980 a 2003, os dados foram obtidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Após a tabulação dos dados, calculou-se a distribuição percentual dos óbitos por esquistossomose segundo as características epidemiológicas — sexo, idade, local de residência e assistência médica. Para o cálculo dos coeficientes de mortalidade foram utilizados dados populacionais obtidos do IBGE, estratificados segundo a população residente no Brasil, por ano e por característica epidemiológica. No total foram registrados 14.463 óbitos por esquistossomose no Brasil, no período de 1980 a 2003, a distribuição percentual dos óbitos por esquistossomose, segundo o sexo, evidenciou 8.463 óbitos em indivíduos do sexo masculino e 5.993 óbitos em indivíduos do sexo feminino. A distribuição percentual dos óbitos por esquistossomose, segundo os grupos etários evidenciou 535 óbitos em menores de 20 anos; 3.049 óbitos em indivíduos com idade entre 20 e 39 anos; 5.605 óbitos em indivíduos com idade entre 40 e 59 anos e 5.144 óbitos em indivíduos com 60 anos ou mais. Existem outros fatores influenciando na redução da mortalidade por esquistossomose no Brasil: a melhoria das condições socioeconômicas e sanitárias; as ações de controle dos hospedeiros intermediários; etc. Em conformidade com os dados de prevalência, a mortalidade por esquistossomose foi mais elevada no sexo masculino, já a redução da mortalidade por esquistossomose foi menor no sexo feminino, talvez em razão das modificações culturais, com a inserção das mulheres em atividades anteriormente dominadas pelo sexo masculino. A análise da mortalidade por