Artigo

Alex Fletcher é o ex-vocalista da banda PoP!, de imenso sucesso nos anos 80. Agora, no século 21, Alex lida com o fracasso enquanto busca algo melhor a não ser cantar shows modestos em parques de diversão e em escolas. Assim surge Cora Corman, especie de Britney Spears e fã de PoP!, desejando que seu ídolo Alex Fletcher escreva e compõe uma nova música para ela. Totalmente sem jeito com as letras, Alex então conhece Sophie, uma jardineira que tem certa poesia. Juntos, eles tentarão escrever a canção de amor perfeita.

Com toda certeza, Letra e Música não apresenta a premissa mais original do ano, o que nesse caso, não é necessariamente sinônimo de fracasso. Inspirado, pop e contagiante, é uma comédia romântica extremamente divertida e sensacional, criando personagens ótimos e uma história incrívelmente charmosa. Como a maioria do gênero, tem falhas, clichés e esteriótipos, tudo porém, minimilizado e encoberto por uma direção contundente. O longa por isso, nunca falha em divertir e emociar.

Estrelado por Drew Barrymore e Hugh Grant, os dois astros já são especializados nesse típo de filme, criam personagens que criaram a carreira inteira e mesmo assim conseguem trazer algo novo e delicioso para a dupla, criando um química excelente com charme, carisma e paixão. O filme então, na maior parte é carregado na atuação de ambos e as faíscas que rolam entre um e outro. Porém, vale constatar que o filme só se torna romance de verdade depois da metade. Antes disso temos cenas hilárias de comédia genial e sempre bacana aos extremos. São cenas que nos fazem apaixonar pelos personagens e automáticamente pelo filme.

O roteiro do filme, como eu disse, tem seus problemas, mas essa problemática habitual não se torna importante quando o longa vibra com ousadia e uma certa originalidade refrescante, criando uma especie de história cliché mas ao mesmo tempo completamente nova. Confuso né? Mas a verdade é que o filme tem ótimos diálogos e sempre entretem, satisfaz e te cativa