Artigo Vaquejada
SERGIPANO DO SÃO FRANCISCO
MENEZES. Sônia de Souza Mendonça
Doutoranda na Universidade Federal de Sergipe – soniamenezes@ufs.br
Dra. ALMEIDA, Maria Geralda de
Professora da Universidade Federal de Goiás - galmeida@iesa.ufg
Introdução
Este artigo objetiva analisar as vaquejadas na caatinga uma festa que teve origem com a labuta na criação de gado e expressa uma representação cultural arraigada do sertanejo contribuindo para a preservação do meio ambiente. Desvendar à constituição e o significado desta prática cultural para as comunidades rurais do Sertão Sergipano do São Francisco no século
XXI realizada através de pesquisa de campo em 2006 adentrando no espaço social destes atores através do lúdico, um ritual de interação social e entretenimento.
Da apartação à vaquejada
A vaquejada, festa que teve origem no sertão nordestino com a labuta na criação de gado, a partir da festa da apartação expressa uma representação cultural arraigada do sertanejo constituindo em uma prática lúdica rural. Face a este contexto, este estudo iniciará com uma discussão sobre a festa da apartação visando contextualiza-la no espaço e no tempo uma vez que consiste na raiz das festas atuais para posteriormente abordar as vaquejadas e concluir com a resistência da pega do boi na caatinga em várias localidades do sertão sergipano.
Historicamente, o processo de formação e ocupação do sertão nordestino ocorreu com o crescimento da economia nos dois centros, Salvador e Olinda. Quando o sertão principiou a adquirir importância, fortaleceu o interesse para com estes núcleos ampliar o conhecimento das áreas sertanejas, integrando-o à colonização portuguesa. Segundo Andrade (1986) tais movimentos comandaram a arremetida para os sertões na busca de terra para a criação de gado, refletindo a demanda de animais para engenhos e o abastecimento dos centros urbanos em crescimento.
Nesse contexto, o Estado de Sergipe tem, nas fazendas de gado, o