Artigo um sobre Campos
O espaço urbano foi se consolidando criando sua própria dinâmica, em 1677 se tornou a Vila de São Salvador, em 1833 se cria a Comarca de Campos, e em 28 de Março de 1835 foi elevada a categoria de cidade de Campos dos Goytacazes, o principal centro urbano do território Norte Fluminense; Campos recebe uma série de reformas, como a construção de canais, estradas de ferro e saneamento básico, sendo esta implementada apenas no centro, a população pobre que já havia se estabelecido nas regiões periféricas não foram favorecidas com esse serviço.
Como diz Alves:
O processo de uso e ocupação do solo urbano, no caso de Campos, se deu a beira da margem direita do Rio Paraíba do Sul, com toda a relação de comércio. Mesmo sendo à beira do rio, escolheu-se a parte mais alta para instalar a cidade, ou seja, a praça (sic) São Salvador e seu entorno. (ALVES; COSTA, 2000, p. 3735).
Com relação à desigualdade espacial entre o centro e a periferia, Villaça afirma que:
O mais conhecido padrão de segregação da metrópole brasileira é a oposição centro x periferia. O primeiro dotado da maioria dos serviços urbanos públicos e privados, é ocupado pelas camadas de mais alta renda. A segunda, subequipada e longínqua é ocupada, predominantemente, pelos excluídos. (VILLAÇA, 2001, p.143)
A região Norte Fluminense é marcada historicamente por duas fases econômicas: uma delas o momento de comercialização e produção de cana de açúcar, iniciado ao se estabelecer uma fase de expansão da região central de Campos dos Goytacazes, este desenvolvimento da área central ocorre devido ao ápice da produção de cana-de-açúcar. A segunda e mais atual é a fase relacionada à indústria de petróleo.
Podemos analisar este centro por meio do estudo imagético, realizando uma análise diacrônica do processo de ocupação urbana do centro da cidade, a partir da Praça São Salvador e algumas ruas do seu entorno. Este recorte diacrônico pretende mostrar como este lugar que foi a representação do inicio do