Artigo sobre o filme “A Onda.”
O filme “A onda” tem uma interessante discussão sobre os regimes autoritários.
O professor Rainer, aplicou alguns dos costumes praticados nos governos nazista e fascista, para testar os efeitos dessas práticas em um grupo de alunos.
No inicio, os alunos do filme buscaram motivos de ordem econômica para justificar a organização de governos como os de Hitler e Mussolini. Também a inflação, a falta de emprego e os crimes das injustiças sociais para explicar tais governos. Assim como Hitler é encarregado de reorganizar a sua guarda pessoal, o professor Rainer também se domina a essa regra em seu grupo de alunos todos uniformizados, dando origem a sua Identidade “A onda”.
Os alemães obtiveram-se ao regime nazista na medida em que as ações daquele governo conseguiram resolver as ações sociais e econômicas daquele tempo. Por outro lado, os alunos do professor Rainer fizeram o mesmo, pois o costume de colaboração oferecia vantagens na vida escolar dos alunos.
A aceitação da experiência autoritária se transforma em forma de esvaziamento, que é abrir mão da Iniciativa pela qual o indivíduo reconhece o seu valor e se vale dos mesmos para lidar com o mundo e de tal modo, poder concordar e discordar das situações postas na vivência da realidade. No caso de Hitler ou do professor Rainer, os integrantes daquele grupo abriram mão dessa capacidade decisória pela figura do líder que podia indicar as opções que seriam indiscutidamente acatadas a favor de um fim eficiente.
Em nome dessa eficiência negaram a própria consciência histórica que possuíam sobre os danos provocados por regimes autoritários. Uma das provas dessa anulação pode ser vista na parte final do filme, quando o professor Rainer impõe aos alunos reunidos no ginásio a forma pela qual Marco, o traidor, deveria ser punido, pois fascismo depende de um líder que impõe sua vontade sobre uma massa dócil e obediente. Atordoados pela