Artigo sobre o filme "o advogado do diabo"

Para falar de livre-arbítrio é necessário, a priori, delimitar em que sentido se quer determiná-lo, uma vez que é objeto de estudo e pode ser encontrada no ramo da filosofia, religião, psicologia dentre diversas ciências. É um tema bastante atrativo, que vem sendo discutido ao longo da história.
“Arbítrio significa resolução que dependa só da vontade, o que nos leva à conclusão de que livre arbítrio determina a decisão livre, sob os auspícios da vontade livre, consciente e sem vícios de cada um”. No prisma religioso tem-se uma visão maniqueísta em relação a vida, onde existe o dualismo entre o bem e o mal, cabendo a cada ser humano a escolha de qual caminho deve ser seguido. Normalmente essas escolhas são delimitadas pela imposição social ou cultural de cada lugar, de cada crença.
Em consonância ao livre arbítrio existe a ideia de predestinação, que faz parte da teologia. Nessa vertente, o individuo já nasce com seu caminho traçado por Deus, cujas etapas da vida já estariam previamente delimitadas, segundo a soberania e onisciência de um poder divino. João Calvino defendia a hipótese de que a predestinação era absoluta: a sua doutrina se fundamentava na predestinação através de uma perspectiva de que Deus predestina prévia e absolutamente a humanidade, realizando escolhas entre aqueles que irão salvar-se e aqueles que vão ser condenados reforçando a ideia de céu e inferno. Esta doutrina que faz parte de algumas vertentes teológicas protestantes - não todas - tira ao Homem qualquer possibilidade de recusar ou aceitar livremente a graça divina, ao contrário do Catolicismo.
Pelo viés cientificista, foram realizadas inúmeras tentativas a fim de responder à questão do livre-arbítrio por intermédio de princípios científicos. O pensamento científico freqüentemente figurou o universo de forma determinista, e alguns teóricos acreditaram que para predizer o futuro é apenas necessário ter informação suficiente sobre o passado e o presente. Tal visão encoraja as pessoas a