artigo sobre inclusão
DORZIAT, Ana – UFPB/PPGE - anadorziat@jpa.neoline.com.br
LIMA, Niédja Maria Ferreira - UFCG/PPGE - niedjafl@yahoo.com.br
ARAÚJO, Joelma Remígio de – UFPB/Pedagogia - joelmasurdo10@yahoo.com.br
GT: Educação Especial / n. 15
Agência Financiadora: Sem Financiamento
I. INTRODUÇÃO
A escola pública é um direito de todos. Esta é uma premissa inquestionável, não apenas porque é garantida em lei, mas, sobretudo, porque está respaldada no conceito de uma educação democrática, justa, participativa e de superação de movimentos que contribuem para uma exclusão social cada vez mais acentuada. Diante disso, as iniciativas públicas, respaldadas na legislação vigente, têm intensificado a prática de inserção de todos os alunos nas escolas, passo fundamental para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática. No entanto, a esse objetivo quantificável, medido por meio do número de alunos ingressantes no sistema, se unem outros de natureza qualitativa, que determinam também a permanência desses alunos nas escolas.
Um deles, de suma importância, é o desenvolvimento de práticas curriculares, que atendam as demandas e necessidades dos envolvidos. Sem uma atenção especial a isso, estaremos instituindo um mecanismo de exclusão subliminar. Uma exclusão mais perversa, porque ocorre por dentro do sistema, sem ser vista.
Portanto, é importante unirmos ao terreno teórico-legal uma nova visão sobre currículo, em que as formas de elaboração e subjetivação dos que estão envolvidos na prática cotidiana seja considerada, criado espaços adequados a que os alunos realizem suas próprias elaborações, compartilhem suas dúvidas, suas descobertas, exerçam, enfim, a capacidade de serem agentes da sua formação. Essa perspectiva, denominada por alguns autores de Estudos Culturais, é cada vez mais estudada e aceita nos estudos sobre Currículo.
Assim, tratar sobre inclusão significa ir além do ingresso de alunos