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Numa altura conturbada do país e Europa, em que a crise é o tema incontornável e poupança é a palavra de ordem, muitos portugueses começaram a se questionar acerca das vantagens dos seguros de saúde nos serviços e nos preços. Este aumento de interesse dos portugueses deve-se às alterações que tem vindo a acontecer no Serviço Nacional de Saúde como o aumento das taxas moderadoras, que em alguns casos ultrapassa os 100%1, a proliferação dos hospitais privados e a constante ameaça do encerramento dos centros de saúde em várias regiões.
Como os seguros automóveis e habitação, também os seguros de saúde têm vindo a evoluir conforme as necessidades dos utentes, e uma das evoluções mais bem sucedidas são sem dúvida os seguros dentários. Como cobertura na modalidade tradicional, a estomatologia tinha capitais reduzidos e implicava um aumento significativo no prémio do seguro. E muitas vezes os possíveis interessados no seguro de saúde pretendiam, na verdade, a cobertura de estomatologia. De forma a ir de encontro a esta procura no mercado, surgiram os seguros dentários.
A modalidade de seguros dentários já veio provar as suas vantagens, num país em que a maioria evita ir ao dentista devido aos preços elevados (uma vez que uma simples consulta pode rondar entre os 20 € e os 80 €2), e o SNS não oferece nenhuma solução para a maioria dos portugueses. Quando na realidade deveria ser da responsabilidade do Ministério da Saúde garantir cuidados orais a todos os que não podem pagar. Apesar de existir os cheques-dentistas destinados a alguns grupos específicos da população, grávidas, crianças, adolescentes, idosos e doentes com VIH/Sida, permitindo usufruírem de tratamentos em estabelecimentos privados, esta medida está longe de abranger as necessidades da população em geral.
Tendo em conta que o Algarve faz parte das zonas mais caras para a saúde oral3, não é surpreendente que esta modalidade de seguro tenha tido uma maior