Pasteur e a Geração Espontânea: Uma História Equivocada
O artigo intitulado Pasteur e a Geração Espontânea: Uma História Equivocada, de autoria de Lilian Al-Chueyr Pereira Martins, apresenta uma descrição dos estudos de Pasteur e Pouchet sobre geração espontânea, sendo o primeiro contra essa ideia e o segundo a favor. O texto discute como seus experimentos foram desenvolvidos e destaca que ambos obtiveram resultados que creditavam suas teorias, logo, as observações e experimentos não forneciam evidências claras que permitissem tomar decisões sobre o que estava sendo discutido. No entanto, fatores extra científicos - questões politicas, religiosas, filosóficas - influenciaram na escolha. O texto destaca ainda que os experimentos de Pasteur não provaram que a geração espontânea não existe, ao contrário do que é descrito nos livros didáticos, apontando, então, que um experimento não prova determinada teoria ou hipótese mesmo que traga evidências favoráveis a ela. Na segunda parte, a autora apresenta alguns comentários sobre esse tema aparece no ensino de biologia. De acordo com o artigo, os livros de nível médio se referem à história da geração espontânea selecionando apenas alguns episódios que são tratados de forma linear, superficial e isolada. Reforça, então, que se a história for contada, isso deve ser feito com cuidado, tendo como base boas fontes. Despois de discutir vários aspectos importantes sobre a história da geração espontânea, conclui que ela é bem diferente daquela contada nos livros didáticos.
Referências
MARTINS, L.A.P. Pasteur e a Geração Espontânea: Uma História Equivocada. Filosofia e História da Biologia, v.4, p.65-100, 2009.
Pontos para o debate
1. Quais os problemas gerados quando questões extra científicas influenciam na aceitação de teorias?
2. Por que a maioria dos livros didáticos apresenta o contexto histórico de forma inadequada? Quais os problemas gerados devido a isso?