artigo pedro cesarino
Trabalho apresentado a Universidade Federal do Acre ao Curso de Letras Espanhol como parte integrante da Disciplina de Literatura e Oralidade, como requisito para obtenção de nota do 6º período.
Professor: Amilton Pelegrino de Mattos
Cruzeiro do Sul
2014
Poesia Ameríndia: caminhos e procedimentos
Jean Bezerra Guimarães Graduando em Letras Espanhol pela Universidade Federal do Acre
Resumo
O presente trabalho pretende fazer uma reflexão sobre a poesia oral, especialmente a poética ameríndia expressa principalmente através dos cantos. A poesia oral vem sendo objeto de estudos, pesquisas e análises desde os primórdios até os dias atuais. Porém, nos dias de hoje, tais estudos são muito mais profundos em virtude de todo o arcabouço conceitual ou conhecimento acumulado que se possui a respeito dela. No caso da poesia ameríndia, apesar dos avanços alcançados através das pesquisas e estudos, ela ainda padece de muitos preconceitos. Aqui procuremos apresentar uma visão geral da poesia xamanística ameríndia, desde seus procedimentos de criação até sua composição e compreensão conceitual.
Palavras Chaves
Poesia e Oralidade, Poesia Xamanística, Paralelismo
Sabe-se que os Gregos, muito antes da invenção da escrita, já dispunham de uma ampla cultura literária. Assim, as epopéias, a mitologia, os cantos, as lendas eram transmitidas oralmente de geração em geração. Os cantadores ou declamadores, chamados de aedos eram os encarregados de levar ao público, as aventuras ou os relatos míticos gregos. É Bom frisar, que essa poesia declamada ou cantada era itinerante, ou seja, era apresentada em diversos locais, seja reuniões nos palácios micênicos, nas festas populares, nos rituais religiosos ou em qualquer aglomeração