Artigo Mais Médicos
A recente e polêmica decisão da presidente da Dilma vem causando muita divergência e ataques por parte do Conselho Federal de Medicina (CFM), instituição essencialmente elitista, composta por 372 mil médicos, onde 209 mil deles se concentram nas regiões Sul e Sudeste e em contrapartida apenas 15 mil na região norte, conforme dados do próprio conselho. É dito que a vinda destes cubanos traria aos médicos brasileiros um sentimento de “desprestígio” e “desvalorização”. E que, se deveras efetivada esta decisão, médicos ruins iriam tratar de maneira ainda pior os usuários da saúde pública.
Quero deixar registrado o meu estarrecimento com a maneira em que as pseudoinformações são disseminadas, que gera certa ira nas pessoas, e que, talvez por comodidade, conforto ou desinteresse, não buscam praticar, e nem sequer aperfeiçoar, seu discurso e sua opinião.
Voltando aos médicos cubanos, ao contrário do que muitos pensam (ou nem pensam), estes não virão ao nosso país para somar em regiões onde a densidade médica é alta. Virão ao nosso país, assim como vão para outros 70 países, cubanos especialistas em medicina preventiva para trabalhar em regiões afastadas demograficamente, de difícil acesso e onde faltam médicos e morrem pessoas decorrentes de pequenas enfermidades. A diarreia, desidratação, malária, verminose entre outras doenças de fácil prevenção, é que serão alvos destes cubanos, que são treinados para atuar em situações precárias de emergência. Não virão para dar laudos como em ressonâncias.
Além do mais, é praxe de muitos países desenvolvidos, como é o caso da Espanha, importar médicos, inclusive de cuba, para dar auxílio em lugares onde a medida a ser tomada é emergente.
Como os soldados brasileiros foram ao Haiti em missão de paz, os médicos cubanos virão ao Brasil de forma pendular, com a finalidade de prestar assistência e evitar mortes por leves enfermidades no interior albis medicine