Tipos de conhecimento
O homem é um ser existencial, que interpreta a si e ao mundo em que vive, atribuindo-lhes significado. A esta representação significativa da realidade, denominamos conhecimento.
Agora, apresentaremos alguns conceitos sobre conhecimento para que possamos traçar uma base conceitual para as nossas reflexões.
Para Luckesi (1985), o conhecimento pode ser abordado de três formas:
1. Como mecanismo de compreensão e transformação do mundo.
2. Como uma necessidade para a ação.
3. Como elemento de libertação.
Vejamos, resumidamente, cada uma dessas abordagens! (Figura 5).
Figura - Abordagens sobre os tipos de conhecimento.
Leia estas ideias de Luckesi (1985) sobre o conhecimento como forma de libertação e de opressão.
O conhecimento liberta o sujeito porque lhe dá independência e autonomia. Desde que saiba que se conheça, pode-se agir sem estar dependendo da alienação de nossas necessidades a outros. (...) Desconhecer nossos direitos torna-nos seres dependentes. Ignorar nossas capacidades e nossos poderes de luta e transformação conduz-nos ao entreguismo e ao comodismo social e histórico.
O ato de conhecer é tão natural que muitas vezes não nos damos conta de sua complexidade. Nesse sentido, ao tentarmos nos apropriar da realidade nos defrontamos com vários tipos de conhecimento como: conhecimento de senso comum, filosófico, mitológico, científico, teológico e outros.
Será que todos nossos conhecimentos são verdadeiros?
É claro que quando se trata de conhecer, temos em mente o conhecimento da verdade, do pensamento verdadeiro (OLIVEIRA, 2002). Entretanto, nem todos os nossos conhecimentos são verdadeiros; logo, entendemos por conhecimento (independente de ser falso ou verdadeiro) todo conhecimento que representa uma relação entre sujeito cognoscente (mente, consciência) e o objeto conhecido (fatos, acontecimentos, objetos e fenômenos da realidade exterior).
Nesse sentido, o conhecimento implica