Artigo Globaliza O E Diversidade Cultural
Os esforços empreendidos pelos países periféricos na tentativa de se resguardarem cultural e singularmente, frente à crescente imposição da padronização e da homogeneização mercadológico-cultural antecedem o fim da Guerra Fria, leia-se Conferência Mundial do México em 1982, onde as noções de cultura e diversidade iniciam um processo de revisão conceitual. Em resposta a esse avanço uniformizado da cultura, diversos movimentos e governos locais iniciam o contraponto no núcleo desse processo de uniformização.
A proliferação paralela do globalismo cultural é tão irreversível quanto a sua irmã siamesa e se expande de forma articulada e atenta. Suas bases teóricas e estratégicas se fundem nas convenções da Unesco, que se segue a partir de 1995. Os encontros e a movimentação de diferentes países de forma circular, horizontal, compartilhando experiências, pesquisas, informações e instrumentos cumpre o objetivo de construir alternativas capazes de preservar, salvaguardar e dar sustentabilidade as manifestações culturais e históricas.
O processo de homogeneização é um movimento irreversível, sem freios, se considerarmos o modelo e o regime que o alimenta e no qual a maioria esmagadora do planeta está fatalmente imerso. Frente a essa constatação globalizante, alternativas dentro dessa mesma lógica e desse sistema vem sendo proposto, experimentado, a fim de resguardar a soberania e a identidade de nações.
Quando questionados a respeito da condição da identidade local e seu futuro, o argumento pode ser ilustrado na direção de inúmeras experiências e movimentos em curso no mundo atualmente, sobretudo no Brasil. Ainda com toda dificuldade imposta pelo modelo padronizante da cultura do efêmero é óbvio a inclinação positiva quanto ao futuro sustentável das identidades locais. Não se trata evidentemente de uma resposta simples, ou melhor, reducionista como instrui Edgar Morin quando nos indica a necessidade da apreensão do conceito e das