ARTIGO FINAL
MARTINS, Luciano José1
Resumo: o presente trabalho teve por objetivo verificar como têm sido trabalhadas as aulas de Língua Portuguesa em duas escolas estaduais do município de Presidente Olegário, uma na zona urbana e a outra na zona rural. O estudo possibilitou averiguar a visão dos professores de Língua Portuguesa dessas escolas sobre o ensino de gramática e investigar como os alunos encaram esse conteúdo. O artigo foi realizado com base em pesquisa bibliográfica e de campo. A pesquisa bibliográfica fundamentou-se em leituras de autores como Travaglia (1997), Soares (1979) e Neder (1992). Já a pesquisa de campo foi realizada com uma amostra de quatro docentes e 115 alunos. A partir do levantamento de dados realizado e da confrontação dos mesmos com o aporte teórico, foi possível verificar que ainda é predominante a forma normativa de ensino tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio dessas escolas.
Palavras-chaves: Língua Portuguesa. Gramática. Ensino Fundamental. Ensino Médio.
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
É indiscutível que o domínio da língua culta seja um diferencial para o ser humano, nas suas mais diversas relações sociais. O ser humano precisa interagir por meio da língua para participar inteiramente da sociedade e, assim, adquirir habilidades de leitura para se desenvolver e para refletir sobre a língua escrita.
Então, fica condicionado à escola o ensino da língua culta. Entretanto, o que se tem discutido ultimamente é sobre quais conteúdos devem compor a carga horária da disciplina de Língua Portuguesa. Há aqueles que afirmam que a essência dessas aulas deve ser o ensino gramatical normativo. Por outro lado, há os que defendem o preenchimento desse conteúdo por meio do trabalho com textos, o que irá desenvolver no aluno melhor habilidade de leitura e de escrita.
Vê-se, então, que não há um consenso quanto à importância e/ou necessidade do ensino gramatical, bem como a forma como deve se dar,