Artigo de opinião - legalização da maconha
Eduardo Araújo
Segundo a Wikipédia: Droga, em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de substâncias – desde carvão até aspirina. Em medicina, refere-se a qualquer agente que altera os processos químicos do organismo. Contudo, em um contexto fixado depois de quase um século de repressão ao consumo de certas drogas, o termo refere-se, geralmente, a substâncias psicoativas e, em particular, às drogas ilícitas ou àquelas cujo uso é regulado por lei, por provocarem alterações do estado de consciência do indivíduo. A maconha é uma planta, e há registros de seu uso (juntamente com o álcool e outras substâncias) em rituais médicos, de adoração e misticismo há pelo menos dez mil anos antes de Cristo. Porém, com o tempo e as descobertas científicas, o seu consumo foi banalizado e ligado ao prazer imediato. No século XX, era consumida principalmente por imigrantes. Com isso, devido à pressão de grandes empresários e nobres da época, movidos pelo preconceito e com a perspectiva de lucro, conseguiram tornar proibido seu uso, e o associar à marginalidade. É óbvio que, sendo uma substância psicotrópica, traz malefícios para o usuário. Porém, as drogas atualmente legalizadas causam dano muito maior. Segundo estudo realizado em 2000 pela Beckley Foundation, drogas legalizadas tem maior grau de risco de vício, sendo 32% para a nicotina e 15% para o álcool, contra 9% da maconha. Além disso, estudos comprovam que a Cannabis sativa (seu nome científico) colaborou significativamente na melhora do quadro de leucêmicos e portadores de glaucoma, além de contribuir no tratamento contra o vírus HIV e colaborar no tratamento de insônia, falta de apetite, cólicas menstruais e outras enfermidades. Portanto, parece-me inútil tentar proibir algo que, sendo regulamentado, muito mais facilmente seria controlado, pois na maioria das vezes a erva comercializada por traficantes contém substâncias