Artigo de Opinião - Justiça Pelas Próprias Mãos

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Nome: Renato Disciplina: Língua Portuguesa

Artigo de opinião: Justiça pelas próprias mãos.

SOCIEDADE CRIANDO JUSTICEIROS

Nos últimos meses fomos bombardeados pelos noticiários de casos de pessoas que reagiram com êxito e/ou deram o “troco” no meliante o violentando de alguma forma, dando ao entender de que fizeram o correto. Entretanto, os mais diversos casos e a maior parte deles, ocorrendo em bairros nobres do Rio de Janeiro, levantaram um polêmico questionamento na sociedade. Vale a pena a justiça pelas próprias mãos? Apesar do perigo de uma reação em um assalto, até onde vai o limite da vingança? É correto revidar e humilhar o praticante do delito? As respostas variam dos mais conservadores que acreditam que somente a Polícia e o Estado devem julgá-los aos mais radicais que acreditam na flexibilidade da justiça, dando respaldo a quem prenda, bata ou mate um transgressor da lei.
É mister que já não é de hoje que a justiça pelas próprias mãos ocorre no mundo, desde o início dos tempos, a convivência humana, marcada pela violência, gera atritos, disputas pelo poder, por posições hierárquicas e até numa visão mais primitiva, disputa física por uma fêmea em uma determinada tribo ou comunidade. Fica evidente como lidamos com o conflito físico, o contato agressivo no decorrer da história da humanidade tendo em vista a defesa por nossos interesses há bastante tempo. Com o passar dos anos e a evolução intelectual da sociedade, conseguimos sair daquele “homem das cavernas” ao “homem politizado” e, cada vez mais ascendendo, passamos pela idade moderna criando novos conceitos de conivência em comunidade, criando os Estados, leis e normas que viessem a regular o “bem viver” ou tentar ao máximo manter a harmonia entre nós, uma espécie de contratualismo. Apesar de todo aparato judiciário e constitucional do qual estamos sujeitos, respondendo a todos nossos atos sendo punidos caso fujamos do que está escrito no código,