artigo de opiniao
Não sei se o que mais me aborrece é ver uma criança sofrendo danos físicos ou alguém ver e não denunciar pode parecer grosseiro, mas me estresso constantemente ao ver as pessoas falando que é errado bater em crianças e não fazer nada pra mudar isso. Quando o menino Bernardo morreu pelas mãos de sua madrasta e da amiga desta, o assunto repercutiu o mundo, se assim posso dizer, e hoje, cerca de 4 meses depois, as pessoas se aquietaram com isso, se acostumaram. Veem o problema diante de seus olhos e é como se este não estivesse lá.
Não estou me referindo a palmadinha que os pais dão em seus filhos como método de educação, mas, ao espancamento diário que passa impune ao nosso lado. Ah! Mas tem gente que diga que o estado está invadindo a intimidade doméstica, ou “do meu filho cuido eu”, cansei desses comentários grotescos, o que a lei se refere é a surra que influência até mesmo psicologicamente a mentalidade de uma criança. Muitas das vezes o que falta é um bom diálogo entre pai e filho, ou a retirada de um bem material. Recorrer a uma boa conversa pode se tornar um meio mais significante de educação e aprendizado do que bater em uma criança que nem entende o mundo a sua volta ainda.