Artigo Científico Perfis Fakes na Internet
O presente artigo surgiu de discussões em sala de aula na disciplina de Comunicação e sociedade onde foram abordados conceitos de reprodução técnica, indústria cultural e comunicação de massa explorando os processos midiáticos no Brasil. Este artigo destina-se a dissertar a respeito de um fenômeno social midiático, os perfis fakes1 de personalidades famosas na internet tomando por base teorias de autores como Walter Benjamin, Christoph Türcke, Theodor Adorno, Edgar Morin, entre outros, e também estudiosos brasileiros como Antonio A.S. Zuin e Renato Ortiz. Foi traçado um paralelo entre a indústria cultural e a contemporaneidade para responder a questões relacionadas aos perfis fakes tais como: O que motiva um indivíduo a criar uma identidade virtual falsa? Quais os seus objetivos? Apenas divertir ou existe uma razão mais profunda? Por que fazem tanto sucesso?
O primeiro tópico trás as teorias de Adorno, Horkheimer e de Benjamin para esclarecer como se deu a transição de público espectador para um público que produz conteúdos, emissor. Como ocorreu o aumento no número de pessoas que cada vez mais expunham suas opiniões em vez de apenas consumir o que lhes era oferecido?
Além disso apresenta-se a teoria do filósofo alemão Christoph Turcke que mostra qual a provável razão por detrás da necessidade de emitir conteúdos e outros autores que expõem o reflexo dessa necessidade contemporânea.
Indústria cultural, cultura de massa e mídias contemporâneas
Para Theodor W. Adorno e Max Horkheimer (1944), os responsáveis pela criação do termo Indústria Cultural, tal indústria cria produtos com o intuito de satisfazer as vontades impostas por ela própria e com isso massificar e dominar a sociedade, transformando os individuos em objetos, sem consciência própria. Nesse contexto a cultura de massa é definida por Morin como "o produto de uma dialética produção-consumo, no centro de uma dialética global que é a da sociedade em sua