Artifice
Capítulos 4 e 5
O livro “O Artífice” de Richard Sennett é caracterizado pelo prazer de fazer as coisas benfeitas com as mãos, mantendo sua originalidade e autoconhecimento. Além disso, critica os valores do capitalismo, em que as máquinas substituem a habilidade artesanal na atualidade. Ao longo da obra, forma um dualismo entre o fazer e o pensar representados pela mão e a cabeça, respectivamente. O artesanato dispõe de uma consciência material, ou seja, agrega valores morais, éticos, sociais, econômicos e principalmente, culturais. Por isso, cada ofício carrega uma tradição, técnicas que ao longo da história, sofreram metamorfose, e consequentemente, contribuíram para a revolução técnico-científica. O capítulo 4 e 5 referem-se á consciência material e a mão, em que estão interligados pela habilidade artesanal em transformar uma simples matéria-prima em um produto de valor agregado. Vale a pena ressaltar que o capitulo 4 referente á consciência material foi dividido por Sennett em três etapas:
Metamorfose: mudança de procedimento marcada pela inovação do oleiro, base da comparação, em que acrescentam uma cabaça cortada sob o disco, dando lhe maior facilidade de manusear a argila, matéria- prima da cerâmica.
Características: Evolução da forma- tipo; avaliação da mistura e síntese (química) e raciocínio.
Presença: representada pelo conto do tijoleiro, em que ao fabricar seu produto, deixa sua marca, adicionando carinho, originalidade e valor no seu trabalho. Antigamente, o tijolo era feito de argila pura, porém, tinha vida útil volátil devido ao tempo chuvoso. Houve uma revolução nesse tijolo, na qual foi para os fornos, onde eram cozidos. Permitiu mais resistência e acrescentar tonalidades fortes.
Essa categoria estabelece um vínculo especial entre o artesanato e a política.
”Presença”, na maneira moderna de pensar, dando ênfase ao ”eu”.
Antropomorfose: 3ª categoria da consciência material, em que a