O artifice, richard sennett
Curso de Graduação em Administração
TRABALHO INTEGRADO LIVRO “O ARTÍFICE”, RICHARD SENNETT:
Trabalho apresentado às disciplinas do 3° período de Administração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Geais. (PUC-BETIM)
PRÓLOGO
O ponto de partida para o prólogo do livro O Artífice é um diálogo que o autor tivera com sua professora Hanna Arendt. Sennett traz a tona uma idéia de que as pessoas que fazem coisas geralmente não sabem o que estão fazendo. Tal afirmação tem como plano de fundo a crise de mísseis de 1962 em Cuba, que, segundo Sennett, fazia Arendt ter como certa sua tese de que “o engenheiro, ou qualquer outro produtor de coisas materiais, não é o senhor em sua própria casa”.
Na busca de uma ilustração desta alienação dos feitores, o prólogo de O Artífice utiliza o mito de Pandora como analogia do processo de construção da bomba atômica. Sennett cita Oppenheimer, diretor do projeto Los Alamos, que deu origem à bomba atômica, que defendia que a tecnologia criativa desenvolvida pelo homem tanto pode ser maléfica desde sua concepção como também pode tornar a humanidade mais indefesa se tratada como inimiga. “Quando vemos alguma coisa tecnicamente agradável, vamos em frente e fazemos, e só pensamos no que fazer com ela depois de ter sucesso do ponto de vista técnico”, afirmativa de Oppenheimer. Além disso, Sennett também cita o teólogo Reinhold Niebuhr que dizia que, de maneira semelhante à narrativa mitológica, o ser humano é tentado a experimentar tudo o que parece possível de ser experimentado, e ainda assimilar esta tentativa como algo neutro, sem consequências para si.
Entretanto, Sennett também busca uma visão mais equilibrada sobre a possível alienação dos criadores em relação às suas criações através dos conceitos de Animal laborens e Homo faber. O primeiro traz a ideia de um trabalhador braçal trabalhando “absorto