Zaha hadid

CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

Resumo do texto: O Artífice Richard Sennett

Pós-graduação em Design de Interiores Laboratório Experimental de Design e Espaço

São Paulo 2012

A ruptura das habilidades Mãos e cabeça separadas A era moderna costuma ser considerada uma economia da capacitação, na qual se trata de uma prática de treinamento. Neste sentido, a capacitação contrasta com a inspiração súbita. O atrativo de inspiração está em parte na convicção de que o talento bruto pode substituir o treinamento. Os prodígios musicais costumam ser citados para corroborar essa convicção. Mozart tinha a capacidade de se lembrar de uma quantidade impressionante de notas, mas entre os 5 e os 7 anos de idade, aprendeu a treinar sua grande memória musical inata improvisando no teclado. A música que comporia mais tarde parece espontânea porque a anotava diretamente na página, com poucas correções, mas as cartas de Mozart mostram que ele perpassava as partituras mentalmente repetidas vezes antes de registrá-las na pauta. Devemos encarar com desconfiança os supostos talentos inatos e sem treinamento. Revisar repetidas vezes uma ação, em contrapartida, permite a autocrítica. A educação moderna evita o aprendizado repetitivo. Com medo de entediar as crianças, apresentando estímulos sempre diferentes, o professor evita a rotina, mas desse modo impede que as crianças tenham a experiência de estudar a própria prática e modulá-la de dentro para fora. À medida que se expande a capacitação, a capacidade de sustentar a repetição aumenta. À medida que uma pessoa desenvolve sua capacitação, muda o conteúdo daquilo que ela repete. Quando a prática é organizada como um meio para organizar um fim predeterminado, reaparecem os problemas do sistema fechado; a pessoa em treinamento atingirá uma meta fixa mas não irá além. A relação aberta entre a solução de problemas e a detecção de problemas, forja e expande capacitações, mas não pode ser um episódio eventual. A capacitação só se expande