Artesanato indigena pitaguary
Natureza em utensílios,
Em adornos, em enfeites.
Em sustento para os filhos.
Uma arte criativa
Feita com dedicação
Ensinada e repassada
Geração por geração.
A natureza oferece
Matéria-prima em fartura
E seu uso nos permite
Revitalizar a cultura
E por falar em natureza...
Viva ela que dá vida!
Presente de deus Tupã,
Mãe generosa e querida...
Nela tem a carnaúba
Planta útil e faceira.
Palha, raiz, tronco, talo
Além da sombra e da cera.
Da palha tira o tucum
Que tem muita utilidade:
Se faz cordas para adornos
Trajes pra comunidade.
Da raiz se faz remédio,
Do tronco, casas e bancos.
Do talo se faz os jarros,
Que são lindos sejam francos.
É a “árvore que arranha”,
(significado em tupi)
Planta querida e farta
Na terra pitaguary.
Várias formas de sementes
Também temos para usar
Médias, grandes, coloridas...
Para em arte transformar.
Tem mulungu, tem linhaça,
Mucunã e jiriquiti,
Pau-brasil e sabonete
Nas matas pitaguary.
A cerâmica é nosso orgulho,
Um símbolo de resistência
Uma herança cultural
Para a nossa descendência.
Água, areia e argila,
Mãos ágeis, habilidosas...
Fazem parte da receita
Pra criar peças formosas.
Potes, pratos e moringas,
Alguidares e panelas.
O artesão pensa e molda,
Cria jarros e gamelas.
Temos também quem produz
Belas bolsas e peneiras,
E se procurar um pouco
Vai achar quem faz esteira.
Temos fibra natural,
Que pode ser colorida,
Transformada em artesanato
Vira um meio de vida.
Nem todos os artesãos
Fazem peças pra vender.
Muitos deles só produzem
Para si, e por prazer.
Pedra, bambus e penas
Viram peças de valor.
Mas isso só é possível
Se unir arte e amor.
Por aqui eu vou ficando
Já deixei o meu recado,
Quem quiser vir conferir,
Pode vir, tá