Artes

4400 palavras 18 páginas
O positivismo foi fundado por Augusto Comte em contraposição às idéias que nortearam a Revolução Francesa no século XVIII e os respectivos valores da aristocracia, da monarquia absolutista. A doutrina de Comte parte do pressuposto de que a sociedade humana é regulada por leis naturais, invariáveis que independem da vontade e da ação humana, tal como a lei da gravidade. Para ele, as leis que regulam o funcionamento da vida social, econômica e política são do mesmo tipo que as leis naturais e, portanto, o que reina na sociedade é uma organização semelhante à da natureza, uma espécie de harmonia natural.
O positivismo do século XIX originou-se na Inglaterra e, talvez, por isso, se assemelhe ao empirismo, ao sensismo (e ao naturalismo) dos séculos XVII e XVIII, em razão de reduzir, substancialmente, o conhecimento humano ao conhecimento sensível, à metafísica, à ciência, ao espírito e à natureza, com as relativas conseqüências práticas. Diferencia-se, porém, desses sistemas por um elemento característico: o conceito de vir-a-ser, de evolução, considerada como lei fundamental dos fenômenos empíricos, isto é, de todos os fatos humanos e naturais. Tal conceito representa um equivalente naturalista do historicismo, do idealismo da primeira metade do século XIX, com a diferença que este último concebia o vir-a-ser como desenvolvimento racional, teológico, ao passo que o positivismo o concebe como evolução por causas. Através de um conflito mecânico de seres e de forças, mediante a luta pela existência, ocorre uma seleção natural, isto é, uma eliminação do organismo mais imperfeito, sobrevivendo o mais perfeito. Daí o positivismo acreditar firmemente no progresso - como nele já acreditava o idealismo. Trata-se, porém, de um progresso concebido naturalisticamente, quer nos meios, quer nos fins visando ao bem-estar material.
O positivismo, enquanto método de análise é uma concepção de mundo, é uma postura diante da realidade social. Esta postura consiste em tomar a

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