ARTE
LUIZA DE SOUZA SANTOS
Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto
RESUMO:
Este artigo disserta sobre os segmentos de expressões pixo e grafite, procurando definir sobre eles se enquadrarem ou não como arte.
Palavras-Chave: Pixo. Grafite. Arte.
1 INTRODUÇÃO
Por muito tempo a arte era apenas o que estava nos museus, o que era aceito nas galerias ou encontrava-se nas casas das famílias nobres da sociedade, quem determinava então o que era arte, eram donos dos museus e a nobreza. Com o passar do tempo, para considerar um trabalho obra de arte, era necessário passar por uma banca, na qual ele seria julgado e por fim, era dada a sentença, se o trabalho era arte ou não.
Atualmente há diversas expressões, as quais para algumas pessoas são consideradas artísticas. Isso faz com que um grande curso da história mude, de quando havia uma definição previa do que poderia ou não ser considerado arte. Entre essas expressões estão o pixo e o grafite, segmentos que estão próximos, mas tem características inteiramente diferentes.
2 PIXO
O pixo é uma manifestação político-estética, trata-se da grafia estilizada de palavras nos espaços públicos da cidade. Em sua maioria os pichadores são jovens residentes da periferia. Na fala de Mariana D. C. Lopes:
“Para os jovens da periferia, a pixação é também um modo de apropriação dos espaços que são a eles negados cotidianamente, uma forma de marcar a cidade para ser visto, para pertencer. A pixação pode, então, ser um ato político, um protesto social, uma forma de anarquia, um manifesto daqueles que são normalmente impedidos de ultrapassar as fronteiras que dividem a sociedade.”
Para os jovens que são adeptos a esse estilo de vida, o pixo é um refúgio, onde eles podem se expressar, deixar de serem seres invisíveis para a sociedade. Mas, para a maioria da sociedade o pixo gera revolta, contrários à noção de quem pratica, a sociedade impõem como “marginal”, “bandido” e