Arte e comunicação

Arte e Comunicação

Segundo Lúcia Santaella em seu livro “Por que as comunicações e as artes estão convergindo?”, dissociar arte de comunicação em uma análise incorre em perdas para os dois lados. No caso da comunicação a análise fica confinada aos estereótipos da comunicação de massa e no caso da arte, a um olhar voltado ao fazer artesanal.
A autora configura as culturas humanas em seis grandes eras civilizatórias: a era da comunicação oral, a da comunicação escrita, a da comunicação impressa, a era da comunicação propiciada pelos meios de comunicação de massa, a era da comunicação midiática e a era da comunicação digital sedo que para uma análise da convergência entre comunicação e arte as eras que interessariam seriam as posteriores a da comunicação em massa visto que antes disto a cultura dividia-se em dois campos: a cultura erudita, privilégio das classes economicamente dominantes e cultura popular responsável pela preservação ritualística da memória cultural de um povo.
Esta colocação nos faz pensar, por exemplo, se a arte patrocinada pela igreja católica ou mesmo pelas cortes, do renascimento até o século XVIII não desempenhavam um papel de comunicação ou se a arte neoclássica no século XVIII não esteve a serviço de divulgar o império napoleônico e assim por diante, mas o que Santaella nos oferece é uma análise do momento em que a arte se utiliza dos meio de comunicação como suporte para sua efetivação.
Os termos “meios de massa” e “cultura de massa” referem-se predominantemente a procedimentos que se utilizam dos sistemas industriais de comunicação e de geração de produtos simbólicos fortemente dominados pela proliferação de imagens, produzidos por grupos especializados e distribuídos para um grande número de consumidores.
Se por um lado a prensa de Gutenberg, no século XV, possibilitou a reprodução dos textos antes realizados manualmente, é só no século XX que se efetivará a comunicação instantânea a bilhões de pessoas, o que hoje chamamos de