Arte sem idade
E importante destacar no enredo o que é essencial e o que são detalhes. O essencial deve ser contada na integra e os detalhes podem fluir por conta da criatividade do narrador no momento. (pág. 22)
Adaptar não significar mudar o texto aleatoriamente, há quem prefira modificar o final de uma história, porque não podem sofrer frustações. Se o narrador baseou sua escolha em critérios adequados, não deve se arriscar-se adaptações de improviso que podem prejudicar a integridade do texto. (pág.26)
No entanto, é preciso cuidado para não transformá-la em “programa de auditório”, pois ela deve surgir em decorrência do enredo e ser mantida em equilíbrio e sob o controle do narrador. (pág.44)
Em histórias de brinquedos, bonecas, irmãozinhos, deve-se permitir à criança falar sobre a própria vivencia. (pág. 47). Sendo a literatura infantil portadora de verdades eternas, reflete a esperança em sua singeleza, reflete a força irresistível da confiança que provoca em cada ser a descoberta de sua própria força. (pág.52)
A história não acaba quando chegar ao fim. Ela permanece na mente da criança, que a incorpora como um alimento de sua imaginação. (pág.59)
A história contada tem vantagem de oferecer, num plano de idealização estética, a oportunidade de um jogo emocional que, ao lado da aprendizagem condicionadora da conduta, terá uma função terapêutica. A ocasião está dada e cada um faz sua própria terapia. (pág.61)
Pretensão, isso sim, tenho de ajudar aos que desejam torna-se praticantes da arte de contar histórias e ainda não decidiram por onde principiar. Comecem pois a refletir, a planejar, muito antes de pronunciar o “Era uma vez...” E tudo acabara bem, sempre! (pág.63)
NOVA VENECIA ES, MAIO 2014