Arte grega
O Discóbolo de Míron, uma das mais conhecidas obras da arte grega
Por arte da Grécia Antiga compreende-se as manifestações das artes visuais, artes cênicas, literatura, música e arquitetura daquele país desde o início do período geométrico, quando, emergindo da Idade das Trevas, iniciou-se a formação de uma cultura original, até o fim do período helenístico, quando a tradição grega se dissemina por uma larga área entre a Europa, África e Ásia, abrangendo o intervalo de aproximadamente 900 a.C. até 146 a.C., data em que a Grécia caiu sob o domínio romano. Entretanto, esses limites cronológicos não são um consenso entre os historiadores.
Os exemplos mais conhecidos da arte grega antiga, e os que mais profundamente influenciaram as gerações posteriores, pertencem ao período clássico, quando conheceram apreciável unidade ideológica e morfológica, encontrando os seus alicerces numa filosofia antropocêntrica de sentido racionalista que inspirou as duas características fundamentais deste estilo: por um lado a dimensão humana e o interesse pela representação naturalista do homem e, por outro, a tendência para o idealismo, traduzido na adoção de cânones ou regras fixas que definiam sistemas de proporções e de relações formais para todas as produções artísticas. Porém, a arte da Grécia Antiga não se resume no período clássico, que abrange pouco mais de cem anos de sua longa história, e teve manifestações de grande importância antes e depois dele, cujos ideais e práticas eram bastante distintos. As pesquisas mais recentes revelaram que mesmo durante o classicismo a aplicação prática dos padrões teorizados foi muito mais flexível do que se pensou durante muito tempo, abrindo espaço para infinitas variações e desvios da norma. A partir desta constatação, modernamente a arte da Grécia Antiga já não é vista como um bloco monolítico, mas sim como um corpo de expressões ricamente diversificadas, adaptáveis a contextos regionais, a influências