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A forma como o lúdico é visto pela sociedade varia de acordo com as culturas dos povos e as fases da história. Para nós ocidentais, durante vários séculos brincadeira e principalmente os jogos por sua natureza competitiva, foram vistas como atividades no mínimo supérfluas, quando não pejorativas, mediante a ótica religiosa cristã.
Ainda que desde o século XVI, com o movimento de reforma religiosa protagonizado pelo teólogo católico Martinho Lutero, para quem educação deve ser lúdica – desse-se aprender jogando, cantando e dançando ( NUNES, 1980, p. 100). Essas posturas começaram a ser abaladas com o predomínio do conservadorismo, exemplo do estilo jesuítico de educação praticado por séculos no Brasil cujos ranços ainda hoje podem ser percebidos.
Contudo, ludicidade. O final do século XX marcando a entrada no Terceiro Milênio parece ter levado a humanidade a questionar antigos e arraigados paradigmas, principalmente, sobre própria trajetória humana nesse planeta. Diante desta realidade, constata-se a necessidade de se buscar novos caminhos para enfrentar desafios decorrentes, e nesse cenário que se antevê será inevitável a busca por prazer no trabalho, na educação e na vida. Isto se consegue pela via única da ludicidade.
Antunes (2003, apud NEVES, 2009, p. 40), contribui para a compreensão do jogo:
A palavra jogo provém de jocu, substantivo de origem latina que significa gracejo. Em seu sentido etimológico, portanto, expressa divertimento, brincadeira, passatempo sujeita a regra que devem observadas quando se joga. Significa também balaço, oscilação astúcia, ardil, manobra.
De modo corrente, usam-se os verbos brincar e jogar, sem muita distinção entre eles. Considerando-os quase como sinônimos. Segundos Santos (2000, P.57-58).
A palavra “lúdico” significa brincar. Nesse brincar estão incluídos jogos brinquedos e brincadeiras, e é relativo também daquele que joga que