Arroz
Não se pode negar que o regime brasileiro é uma das melhores formas de atuação do povo no que diz respeito aos rumos que o país toma, apesar de esse povo (que mesmo formando a maioria) se encontrar limitado pelas vontades das elites. A imagem sustentada pela ideologia democrática nem sempre representa o que há de melhor num lugar, muitas vezes, ele pode representar a “mascaração” de uma realidade muito distante do que se estampa nas redes televisivas e da visão de outros países. Nossa matriz social impregna o consciente coletivo de uma concepção de “democracia” e “liberdade”, porém, numa análise mais profunda da real manipulação da nossa verdade (entrar em crise) pode-se ver o quanto as “engrenagens” de organização são favoráveis à apenas uma porção da nossa população total – as classes dominantes, como já dizia Karl Marx. É extremamente notória a diferença entre classes do Brasil. No livro De Pernas pro Ar, Eduardo Galleno afirma que a América Latina é uma das regiões mais desiguais do mundo, apesar de sustentar uma imagem de “harmonia”. E, além disso, explana sobre a manipulação da realidade a que vários miseráveis são submetidos, quando, ao mesmo tempo, são convencidos de que vivem bem. Estampar nas mídias que o país está crescendo é uma das táticas usadas pelas classes dominantes para evitar uma possível revolução da “minoria”. Estas táticas tem gosto de pão e dão a sensação de um espetáculo de circo. Entretanto, além-circo, temos uma realidade totalmente conturbada e caótica, em que muitos dormem nas ruas, estudam em verdadeiros mausoléus e comem das piores comidas.
A nossa democracia vira uma demagogia quando implicitamente força seu povo a eleger um partido por este representar-lhe a