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DOIS SISTEMAS
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O S PE R S ONAG E N S DA H I S T ÓR I A
Para observar sua mente em um modo automático, dê uma olhada na imagem abaixo.
Figura 1
Sua experiência quando olha para o rosto da mulher combina, de forma integral, o que normalmente chamamos de ver e de pensamento intuitivo. Tão certa e rapidamente quanto você viu que o cabelo da mulher é escuro, você compreendeu que ela está com raiva. Além do mais, o que você viu se projetou no futuro. Você percebeu que esta mulher está prestes a dizer algumas palavras muito desagradáveis, provavelmente num tom de
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OS PERSONAGENS DA HISTÓRIA
voz alto e estridente. Uma premonição do que ela fará a seguir veio à mente automaticamente e sem esforço. Você não pretendia avaliar o humor dela ou antecipar o que ela podia fazer, e sua reação à foto não estava ligada à sensação de algo que você fez. Simplesmente aconteceu com você. Isso foi um exemplo de pensamento rápido.
Agora olhe para o seguinte problema:
17 X 24
Você percebeu na mesma hora que esse era um problema de multiplicação, e provavelmente percebeu que seria capaz de resolvê-lo, com papel e lápis, quando não de cabeça. Também teve um vago conhecimento intuitivo do leque de resultados possíveis. Você admitiria rapidamente que tanto 12.609 como 123 são implausíveis. Sem gastar algum tempo resolvendo o problema, porém, você não teria certeza de que a resposta não é
568. Uma solução precisa não lhe veio à mente, e você sentiu que poderia escolher se empreendia ou não o cálculo. Se ainda não o fez, tente resolver o problema de multiplicação agora, completando ao menos parte dele. Você experimentou o pensamento lento conforme procedeu a uma sequência de passos. Primeiro puxou da memória o programa cognitivo para multiplicação que aprendeu na escola, depois o implementou. Empreender o cálculo exigiu algum esforço. Você sentiu o peso de guardar muito material na memória, conforme precisou não perder de vista onde