Arquivologia
E problematizar a questão desse registro significa tentar entender a nova realidade do exercício da profissão fazendo uma ponte entre pressupostos básicos e as novas observações.
O conceito de documento arquivístico assegura a ele um papel muito importante, que é o de prova, de testemunho, não por si só, mas por toda uma função e instituição por trás dele. E para entender melhor essa relação documento-atividade da qual resultam a Diplomática e o Direito são muito utilizados.
Segundo a autora Luciana Duranti, os registros documentais possuem 5 (cinco) características: imparcialidade, autenticidade, naturalidade, interrelacionamento e unicidade.
A primeira está relacionada às justificações para a criação do documento, dando-lhe um aspecto neutro. A segunda, a um processo regular que pode ser comprovado de geração, conservação e manutenção daquele. A terceira, à acumulação progressiva e contínua. A quarta, à interdependência de um arquivo na compreensão do outro. Um bom exemplo seriam os processos jurídicos (petição, contra argumentação, etc). E a quinta, ao lugar único e contextual de cada documento, mesmo que haja cópia.
Entender essas características aplicando-as à análise dos documentos arquivísticos é primordial para compreendermos tanto o passado quanto o presente, tanto historicamenente quanto administrativamente os mesmos. A natureza da prova documental é muito importante tanto para o Direito quanto para a História, já que ambos contam com a reconstrução mental do passado para suas interpretações e julgamentos.
E para assegurar a fidedignidade desses documentos, que servem como prova, ambas desenvolveram semelhantes formas de avaliá-la.
A regra da melhor prova supõe que um documento original é altamente confiável e