ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESA
A montadora coreana Kia deixará de importar carros e terá uma fábrica no Brasil
Finalmente a fábrica da coreana Kia no Brasil deve sair do papel. O presidente da companhia no país, José Luiz Gandini, disse que a matriz decidiu pela produção nacional, mas fez questão de ressaltar que ainda não há detalhes de como e onde será instalada a unidade.
“Vamos ter uma fábrica da Kia no Brasil. Isso é certo. Por mim ela já teria sido construída há muito tempo, mas ainda não sabemos quando será feita por indefinição do Grupo Hyundai-Kia. A decisão deverá ser tomada ainda este ano,”, disse Gandini ao site Automotive Busines.
Segundo ele, se a matriz não investir sozinha na construção desse parque fabril, ele poderá colocar o projeto em andamento. “Só preciso da autorização, pois já tenho condições de construir sozinho.”
Isso se tornou necessário por conta das novas regras para competir no Brasil, que tornaram o negócio da Kia mais complicado. A marca deverá vender 45 mil carros este ano, 10% a mais que o volume do ano anterior. Em 2012, a Kia viu suas vendas despencarem, com recuo de 46% sobre 2011, por causa do aumento de 30 pontos no Imposto sobre Produtos Importados (IPI) de veículos importados de fora do Mercosul ou do México.
Enquanto em 2010 vendeu 54 mil veículos; em 2011, chegou a 77 mil, em 2012 o volume caiu para 41 mil.
“As empresas de volume, como a Kia, foram muito afetadas com o novo regime automotivo”, disse Gandini, durante o Salão do Automóvel de São Paulo, realizado em outubro.
Segundo o executivo, a cota de 4,8 mil carros importados por ano sem a penalidade de 30 pontos percentuais de IPI não alivia para quem passar desse teto.
“Vendemos cerca de 50 mil carros anualmente no Brasil e sem uma subsidiária aqui, a Kia teria de mudar o seu perfil no mercado”, disse. “Teríamos de reposicionar a marca e trocar o mix de produtos para competir com carros importados.” Segundo o executivo, o projeto