Quádricas não centradas
Luciane Teixeira da Silva
(luciane762004@yahoo.com.br)
(http://lattes.cnpq.br/5730461999044540)
LIVRO IMPRESSO E DIGITAL: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E
IMAGINAÇÃO CRIADORA
O objetivo deste artigo é analisar, através de um viés histórico, alguns dos aspectos a respeito do livro e da leitura em suporte digital. Para tal, discorreremos brevemente sobre o surgimento do livro, seu desenvolvimento e difusão ao
longo
do
tempo.
Nesta
perspectiva,
buscamos
definir
resumidamente o conceito de leitura, seus aspectos materiais, cognitivos e sociais. E ainda, procuramos descrever a trajetória de algumas práticas de leitura, a partir do livro manuscrito; passando ao impresso e suas transformações, até chegar ao livro digital.
Como sabemos, a leitura sempre esteve relacionada com um suporte material que sofreu inúmeras mudanças ao longo do tempo e chegou ao livro que hoje conhecemos, objeto do cotidiano e de inúmeras esferas de atividade humana. Em conformidade com essas novas possibilidades de leituras, ouvimos falar em livro digital, conceito que atravessa a produção do saber e as práticas pedagógicas. Considerar as mudanças apontadas nos leva às seguintes reflexões: como se dá o processo de leitura a partir desse novo suporte? Quais os sentidos apreendidos da imagem e da imaginação do real através de uma imagética, uma surrealidade? Nessa perspectiva, como ocorre a formação do espírito humano, já que o ato de pensar está em constante processo de mudança, contínuo e dialógico?
Para tais questões, abordamos como base teórica a perspectiva bachelardiana de razão e imaginação, desenvolvida a partir de dois pontos diferentes de sua produção acadêmica, tidos como opostos e contraditórios, que, no entanto, demonstram-se ser complementares. A característica comum
ARTEFACTUM – REVISTA DE ESTUDOS EM LINGUAGEM E TECNOLOGIA
ANO III– N° 2 – JUNHO 2010
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a esses pontos, segundo o autor, é