arquitetura
Visando a eficiência e a racionalização do planejamento hospitalar observa-se alguns conceitos de concentração e centralização. A concentração vem para a regionalização pela melhor utilização das instalações dos espaços e das atividades fazendo com que estes ambientes sejam mais eficientes e econômicos. O conceito de centralização dos ambientes, dos funcionários e das instalações objetiva alcançar maior racionalização, segurança, economia de tempo, energia e material.
Com isso o arquiteto consegue pequenas variações dentro de faixas de conforto ambiental relacionadas, por exemplo, com a temperatura, velocidade e umidade do ar, que podem ser benéficas e estimulantes para a manutenção dos níveis de produtividade e de conforto psicológico para todos os usuários. Esta possibilidade de conforto só é posta em prática levando-se em consideração aspectos básicos como: orientação do edifício em relação ao sol; ventos predominantes; massas de vegetação; dimensão e posicionamento das janelas e portas; resistência térmica das envolventes e coberturas (espessura, amortecimento, condutibilidade térmica dos materiais de construção) e um ótimo desempenho em eficiência energética.
Lelé inovou e retirou um vilão em termos de gasto de energia o ar-condicionado dos hospitais. Por meio de estudos obtidos com as obras da Rede Sarah Kubitschek, foi possível verificar toda a preocupação do arquiteto para produzir o bem-estar do ser humano.
Embora na arquitetura de Lelé, os princípios de economia, funcionalidade e racionalidade estejam sempre presentes, sua dimensão artística nunca foi deixada à parte. Em seu contexto, a questão da tecnologia não foi tratada de forma mística ou futurista. De seu discurso pode-se filtrar uma busca de respostas para a relação homem/natureza, sem sugerir retorno às tecnologias e materiais tradicionais. Lelé investe na possibilidade de uma tecnologia humanizada, apropriada à realidade e a ela dimensionada.
Referencia
III F