ARQUITETURA OCIDENTAL
CHRISTIAN NORBERG-SCHULZ
ARQUITETURA OCIDENTAL
INTRODUÇÃO
Durante muito tempo não se estabeleceu uma distinção entre a arte romana e grega, o esplendor da arquitetura romana, foi durante séculos objeto de admiração. Porém, a partir de Winckelmann (1717 – 1768), para aprofundar o estudo da contribuição Grega, surgiu a tendência de considerar a arquitetura romana como uma degeneração da arquitetura grega clássica. Assim, a verdadeira compreensão do valor original da contribuição romana é de data bastante recente. Embora seja muito, o que resta a ser feito neste campo, hoje já estamos em condições de levar a cabo uma análise estrutural da arquitetura romana e dos significados que representa. Arquitetura romana não pode associar-se com um determinado tipo de edifício “dominante”, como ocorre no caso do templo grego. Há, no entanto, uma infinidade de temas edilícios(construções) até então quase desconhecido, como por exemplo as grandes construções do spa(banho), das basílicas, dos anfiteatros e dos circos. Essa complexidade indica funções e estruturas sociais mais complexas, e também uma margem mais ampla de significados existentes; no entanto, apesar da diferença funcional, os edifícios e as plantas romanas têm recursos fundamentais em comum. Acima de tudo, são geralmente organizados sobre uma base axial rígida.
Podemos considerar o eixo como uma propriedade distinta da arquitetura romana. Encontramos um eixo na arquitetura egípcia , mas era de importância secundária em relação com um espaço ortogonal mais amplo. Em Roma, os elementos ortogonais e rotatórios se unem para formar totalidades completas, organizadas axialmente. Corresponde que destaquemos também que, geralmente, o eixo romano aparece relacionado com um centro, que frequentemente se define como um cruzamento de eixos. O significado do eixo romano é, pois, totalmente distinto do significado do simbólico “recorrido”(direção) egípcio.
Uma segunda propriedade distinta da