Arquitetura de Museus nas Cidades Contemporâneas (Cecília C. B. Cavalcanti)
As cidades contemporâneas contêm três questões básicas: as intervenções urbanas temporais ou não, os fluxos de mobilidade e as políticas de reurbanização dos centros urbanos. Nos últimos 20 anos vêm surgindo novas formas arquitetônicas que invadem os espaços urbanos e que fazem parte, muitas vezes, das diversas políticas de reurbanizações.
A arquitetura de novos museus vai construindo um novo cenário nas cidades em todo o mundo, verdadeiros monumentos do conhecimento. Por outro lado as cidades estão sendo planejadas baseadas num novo realismo, o qual mais do que apenas a funcionalidade, requer uma renovação dos modos de representar com a construção de espaços de memória.
A partir da década de 70, houve uma reestruturação de grandes centros urbanos, recriando empreendimentos patrimoniais e visibilizando heranças nacionais, em uma “onda da nova arquitetura de museus”, com uma comercialização em massa da nostalgia, provocando uma atitude, de musealização baseada numa premissa de consumo, significando dizer que o passado vende mais do que o futuro.
A própria arqueologia de civilizações milenares foi transformada em parques turísticos monumentais, permitindo ao Estado apresentar-se como guardião de uma tradição generalizada. Nos últimos 30 anos, as cartografias das cidades estão sendo desenhadas a partir da velocidade e das inovações técnicas, científicas e culturais, gerando o conhecimento como patrimônio e sua representação como a nova forma de manifestação de poder.
Pouco a pouco à rede substituirá as instituições, como as Igrejas, bancos, escolas,