Apostilas 3 E 4
Olhar para ver...
ARTE BRASILEIRA
PARTE 3 – 4
Goiânia, 2005.
SUMÁRIO
UNIDADE 1
Uma produção artística renovada...
UNIDADE 2
Uma maneira eclética de construir...
UNIDADE 3
A eclosão de uma arte moderna...
UNIDADE 4
O estopim do modernismo...
UNIDADE 5
Desdobramentos da Semana de Arte Moderna...
UNIDADE 6
Desafio dos modernistas...
UNIDADE 7
Consolidação da arte moderna no país...
UNIDADE 8
Realismo versus abstracionismo...
3ª PARTE
UNIDADE 1
UMA PRODUÇÃO ARTÍSTICA RENOVADA...
O início de um novo século traz sempre muitas expectativas. Além disso, nos propicia diversos balanços, inclusive sobre, os movimentos artísticos ocorridos no transcorrer do século anterior. No Brasil dois acontecimentos significativos antecederam a passagem para o século XX: a abolição dos escravos, em 1888, e a proclamação da República, em 1889. As mudanças mais visíveis no âmbito das artes deram-se, no período de 1889 a 1922, denominado belle époque – onde se criou na sociedade brasileira um estado de espírito otimista. A Academia de Belas Artes contratou, em 1874, o pintor alemão Johann Georg Grimm (1846 – 1887) para ministrar aulas de pintura de paisagens. Este propôs uma metodologia de ensino ao ar livre, similar à adotada pelos pintores impressionistas franceses, que procuravam captar, nas telas, o fugidio, o efêmero e o fugaz da vida. A rebeldia aos métodos acadêmicos adotados ainda pela Academia levou Grimm a desligar-se do ensino formal. Liderou um grupo de artistas que excursionava pela região de Boa Viagem, em Niterói, em busca de perceber e registrar a integridade das paisagens. Alguns artistas eram egressos da Academia, como Antônio Parreiras (1860 – 1937) e Giovani Battista Castagneto (1851 – 1900).
Figura 154. Johann Georg Grimm. Vista do Rio de Janeiro, tomada de Santa Teresa. 1883.
Óleo sobre tela, 115 cm x 193 cm. Acervo Galeria de Arte – RJ.
Figura 155. Antônio Parreiras. Canto da praia. 1886.
Óleo