Arquitetura da Felicidade
Em seu primeiro livro, “Ensaios de amor”, de 1993, utiliza-se com desenvoltura da matemática, física, neurologia e outras ciências para explicar este fenômeno que todo ser humano vivencia – pelo menos alguma vez – na vida. Através de uma narrativa analítica e híbrida, repleta de estatísticas e citações filosóficas e cotidianas, Botton narra o seu envolvimento com a namorada, Chloe, do início… ao fim. Contudo, mesmo para os deseperançosos do amor, a leitura é leve e conta com um final … que vale a pena conferir.
O namoro acabou, mas Botton não parou por aí. O livro foi um sucesso – aos 23 anos, Botton foi lido em treze idiomas – e o suíço publicou obras de temas diversificados, desde “Como Proust pode mudar sua vida”, de 1997, até “A arte de viajar”, de 2002 e, finalmente, “A arquitetura da felicidade”, de 2006, todos pela editora Rocco.
Em seu livro “A arquitetura da felicidade”, Botton utiliza o mesmo método: simplifica assuntos restritos até então ao círculo acadêmico e abre para o grande público aspectos psicológicos, filosóficos, históricos e estéticos da arquitetura.
Botton inicia falando sobre algo que todos já vivenciaram, mas a maioria nunca parou para pensar: a arquitetura não nos proporciona apenas refugio físico, mas também psicológico. Atua como guardiã de nossa identidade: decoramos nosso lar com objetos e mobiliários que trazem à memória momentos de nossas vidas que nos fazem lembrar quem somos. A casa em si não possui soluções para os problemas que afligem seus moradores, mas seus aposentos evidenciam uma felicidade à qual a arquitetura deu a sua contribuição característica.