Arquitetura da Cidade, Aldo Rossi
Aldo Rossi descreve os fatos urbanos como dependentes da cidade. Ele fala sobre o fenômeno dos fatos e desconstrói o sistema espacial das cidades, chegando à questão da tipologia das construções. Rossi trabalha o conceito de tipo e modelo, em que o “modelo é preciso e o tipo é mais ou menos vago”; a forma de viver não seria constante, apenas as estruturas estáticas o são.
Rossi critica a arquitetura do funcionalismo enquanto corrente moderna mostrando que, nessa ótica, “os fatos urbanos são um mero problema de organização não apresentam continuidade, nem individualidade, monumentos e a arquitetura não tem razão de ser” e considera esses argumentos puramente ideológicos.
Sua pesquisa teve uma forte influência do Iluminismo, o que nos direciona para os Tratadistas do urbanismo; Rossi relembra valores como os do bairro, do quarteirão, da rua discutidos nos tratados. Essas questões o levam a afirmar “a bela cidade como boa arquitetura”, e também que os fatos urbanos são complexos, pois “é na totalidade que se constrói para si mesmo” e não na parte.
As funções são parte da análise da morfologia urbana de Rossi, mas “o que permanece no fato urbano no momento em que a função perde seu valor é o que de fato, muitas vezes, constitui o fato urbano”. “As permanências podem ser consideradas elementos propulsores que ligam à totalidade, ou não fazem ligação nenhuma ao fato do sistema urbano”. Existe uma conexão que será realizada pela história e pela arte, ou seja, pelo ser e pela memória.
As zonas de estudo para o autor são pedaços recortados da cidade, remetentes ao conceito do bairro, que expõem