Arquiteto e Urbanista
A essência do ser humano repousa na comunicação. Desde os tempos remotos o homem necessitava de meios pelos quais pudesse ser entendido e se fizesse enteder, seja através de sons, sinais ou símbolos. Surge neste contexto a língua, a linguagem e a fala, que podem ser conceitualmente diferentes, porém fazem parte de um mesmo processo.
A fala é um fenômeno físico e concreto que pode ser analisado seja diretamente, com ajuda do ouvido humano, ou com métodos e instrumentos análogos, sendo um ato individual de vontade e de inteligência. Na verdade, ela é um fenômeno fonético; a articulação da voz de origem a um seguimento fonético audível de pura sensação. Já a língua é a parte social da linguagem que, em forma de sistema, engloba todas as possibilidades de sons existentes em uma comunidade. Partindo desse princípio, a língua se caracteriza como ato exterior ao indivíduo que, não pode criá-la nem modificá-la. Esta entidade é dinâmica e evolui de geração em geração. Já a fala, é individual e pertence ao falante que tem total liberdade para usá-la. A língua só é possível a partir da fala: historicamente, os fatos da fala procedem sempre os fatos da língua - é a fala que faz a língua evoluir.
A linguagem pode ser entendida como qualquer sistema de signos não só vocais ou escritos, como também visuais, fisionômicos, sonoros e gestuais - capaz de servir à comunicação entre indivíduos. A linguagem articulada é apenas um desses sistemas. Pode ser ainda o recurso usado pelo homem para se comunicar,sendo um instrumento pelo qual os homens estabelecem vínculos no tempo e determinam os tipos de relações que mantêm entre si.
Desta forma pode-se observar que apesar de diferentes em sua essência, a fala, a língua e a linguagem possuem elementos indissociáveis, de tal maneira que formam um conjunto vital, capaz de evoluir juntamente com a humanidade.