ARQ BRAS PAMPULHA
Detalhe do banheiro feminino.
A pista de dança.
Azulejos utilizados.
CASSINO – MUSEU DE ARTE DA PAMPULHA
No dia 10 de novembro de 1937, o presidente Getúlio Vargas proclama o nascimento do Estado Novo (1937/1945), um regime autoritário e populista. No entanto, moderno. A construção de um Estado Nacional, ideologicamente e politicamente forte, impunha-se capaz de ser representado por uma arquitetura nova que refletisse a vontade de modernização do País.
Foi nesse contexto que nasceram os projetos de Oscar Niemeyer para o novo bairro da Pampulha, localizado a dez quilômetros de Belo Horizonte - Niemeyer teve a assistência de Joaquim Cardozo, engenheiro e poeta, e do paisagista Burle Marx.
Primeira construção a ser desenhada, o cassino foi entregue em 1942.
O esboço de seu projeto foi feito em uma única noite.
A história tem todas as características de uma epopeia marcada por circunstâncias e felizes encontros: quando retorna de Nova York em 1940, Oscar Niemeyer é apresentado a Benedito Valadares, governador de Minas Gerais que lhe pede um projeto de cassino à beira do novo lago artificial da Pampulha. O projeto acaba tendo outra amplitude após as reuniões de Niemeyer com o então jovem prefeito Juscelino Kubitschek, que imagina a criação de um bairro residencial de alto nível com - somados ao cassino - um iate clube, um salão de baile e outro para espetáculos, um hotel, parques públicos, casas e uma igreja. Para endossar a colaboração, Niemeyer dispõe de só um dia para conceber o cassino. Enfrentando o desafio, o arquiteto propõe uma esplêndida e luxuosa casa de jogo moderna, cujo formato rompe com a ortodoxia da arquitetura, notadamente com a dos funcionalistas europeus e norte-americanos.
Em 30 de abril de 1946, com a proibição do jogo no Brasil pelo então presidente da República Eurico Gaspar Dutra, o cassino parou de funcionar. Segundo uma crônica do arquiteto Sylvio Vasconcellos, a