Armando de Godoy
Espaço
Resumo:
O presente texto busca analisar a atuação do engenheiro urbanista Armando Augusto de Godoy no planejamento da cidade de Goiânia, levantando para tal, um breve histórico de sua atuação profissional, apontando suas principais experiências e explicitando seus referenciais teóricos. O plano para o Setor Sul, um de seus legados mais importantes para a nova capital é analisado do ponto de vista de sua ocupação, tendo-se como referência o plano implantado e o discurso que envolveu a defesa e concepção do projeto, baseado no ideal das cidades-jardins de Howard.
1. Armando de Godoy: atuação profissional e a defesa pelo urbanismo
Armando Augusto de Godoy foi engenheiro do Distrito Federal e destacou-se como presidente da
Comissão do Plano da Cidade (1931) e como consultor na construção de Goiânia (1933 e 1936).
Em suas falas e textos buscava divulgar a nova ciência – urbanismo –, refletindo sobre os aspectos da formação, expansão e ordenamento das cidades modernas, além de estabelecer um elo entre a produção urbanística internacional e os profissionais brasileiros.
Para Godoy, o urbanismo surgiu em decorrência da necessidade de se intervir nas cidades tradicionais, que através do impulso demográfico e econômico da Revolução Industrial, já não ofereciam condições adequadas ao bem estar da população. Assim a tarefa do urbanista seria promover “harmonia entre todos os elementos da cidade, os subterrâneos, os superficiais e os elevados; boa utilização dos terrenos, diminuição das desigualdades sociais, solução racional do problema da habitação; parques, jardins, playgrounds, templos, escolas, fábricas, hospitais, bibliotecas, museus e meios de transporte bem distribuídos e localizados1”.
Ele também defendia que a tarefa de promover a ordenação do espaço urbano era do Estado e para tal propunha que fossem