Para o melhor entendimento do objeto de estudo deste artigo científico que se insere em Goiânia, mais especificadamente o bairro Itatiaia, utilizou-se um recorte temporal que se inicia no ano de 1933, quando se deu início do surgimento de Goiânia, e se prolonga até os dias atuais. A Marcha para o Oeste foi um movimento criado pelo governo de Getúlio Vargas para acelerar o progresso e a ocupação do Centro-Oeste incentivando as pessoas a migrarem para o centro do país, onde havia muitas terras desocupadas. Porém a implantação de tal projeto só seria possível com a garantia de uma infraestrutura básica ligando o Centro-Oeste ao Sul do País. Assim as medidas adotadas pelo interventor foram: a mudança da capital, construção de estradas internas e a reforma agrária. Em 1932 criou-se uma comissão encarregada de escolher o local no qual seria construída a nova capital. Dentre estes locais estavam: Bonfim, Pires do Rio, Ubatan e Campinas. O relatório da comissão apontou um sítio nas proximidades do povoado de Campinas, local do atual bairro de Campinas, como lugar ideal para a edificação da futura capital, devido as características físicas favoráveis. Em 6 de julho de 1933, Pedro Ludovico baixou um decreto de que o urbanista Atílio Correia Lima seria o encarregado para a elaboração da nova capital de Goiás juntamente com Armando de Godoy, formado na Suíça e na França de onde acabara de voltar, reformula o antigo projeto, inserindo o parcelamento do Setor Oeste e fortes mudanças no arruamento do Setor Sul. Em 1935, Armando assina o plano diretor da cidade. Atílio Corrêa Lima estruturou o espaço urbano nos eixos viários de conexão das principais áreas da cidade, enfatizando a circulação. O arquiteto urbanista inspirou-se nos princípios barrocos para definir o traçado do Centro, o qual se dividia em administrativo, mais ao Sul, e comercial, mais ao Norte. Foram definidas três grandes avenidas que convergiam para a Praça Cívica, enfatizando a sede do poder, função