argumentos

Livro: EU, PIERRE RIVIÈRE, QUE DEGOLEI MINHA MÃE, MINHA IRMÃ E MEU IRMÃO

2014
Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão A primeira impressão que têm em relação ao titulo como este jovem camponês, perverso e sem sentimentos teve coragem de cometer tal ato, mas ao desenrolar do livro percebe-se que este jovem é tanto culpado como inocente pelos crimes que cometeu. Vejamos as seguintes observações dos relatados pelo réu: Rivière havia estudado, e interessou-se pelos desdobramentos políticos da Revolução e pelos textos que veiculavam as opções de igualdade, e questionavam o poder patriarcal. Apoiado nestas leituras, interpretou que os problemas enfrentados por seu pai nas discussões com sua mãe eram decorrentes dessa nossa ordem. Observando a arbitrariedade do poder soberano, decidiu propor suas próprias leis, usando relatos de grandes chefes de estado como base de argumentação em seus escritos. Rivière era visto como um imbecil pela aldeia e esquisito por quem passava, ele convivia com as crianças e cometia atos bizarros que causava estranheza na vizinhança, mas nada além de esquisitice sem muito importância, pois não era visto como louco mas sim, um jovem imbecil. Pierre não tinha nenhum apreço por sua mãe, pelo contrario havia repulsa e raiva, mas nada que o leva-se a cometer tal ato, mas ao ver seu pai sendo humilhado, e chegar ao ponto de perceber de que ele nunca seria feliz por motivos óbvios, pois sua mãe sentia prazer em atormenta-lo e fazer dívidas para arruiná-lo, e vendo seu pai cada vez denigrindo sua imagem e seu caráter decide ele por em prática um plano horrível, matar sua mãe e seus irmão. Ou seja, se Rivière fez a própria lei e matou, também ousou imaginar-se como sujeito de direitos, incluído e protegido pela lei, e isto soava totalmente no contexto camponês francês. Se sob o Antigo Regime os camponeses eram quase nada, ocupavam, no entanto, o lugar da submissão absoluta, o contraponto da