Argumentos
Os raciocínios, quando expressos e materializados no discurso, constituem enunciados argumentativos (argumentos) através dos quais podemos encadear proposições (juízos) para assim chegar a uma determinada conclusão.
De forma simples, podemos considerar que existem três tipos de argumentos:
Dedutivo
O argumento dedutivo é uma forma de raciocínio que geralmente parte de uma verdade universal e chega a uma verdade menos universal ou singular. Esta forma de raciocínio é válida quando suas premissas, sendo verdadeiras, fornecem provas evidentes para sua conclusão. Sua característica principal é a necessidade, uma vez que nós admitimos como verdadeira as premissas teremos que admitir a conclusão como verdadeira, pois a conclusão decorre necessariamente das premissas. Dessa forma, o argumento deve ser considerado válido.
“Um raciocínio dedutivo é válido quando suas premissas, se verdadeiras, fornecem provas convincentes para sua conclusão, isto é, quando as premissas e a conclusão estão de tal modo relacionados que é absolutamente impossível as premissas serem verdadeiras se a conclusão tampouco for verdadeira” (COPI, 1978, p.35). Note que em todos os argumentos dedutivos a conclusão já está contida nas premissas.
1) Só há movimento no carro se houver combustível.
O carro está em movimento.
Logo, há combustível no carro.
2) Tudo que tem vida é um ser vivo.
Logo, todo ser vivo tem que ter vida.
3) O som não se propaga no vácuo.
Logo, não há som no vácuo.
4) Só há fogo se houver oxigênio
Na lua não há oxigênio.
Logo, na lua não pode haver fogo.
5) P=Q
Q=R
Logo, P=R
Geralmente os argumentos dedutivos são estéreis, uma vez que eles não apresentam nenhum conhecimento novo. Como dissemos, a conclusão já está contida nas premissas. A conclusão nunca vai além das premissas. Mesmo que a ciência não faça tanto uso da dedução em suas descobertas, exceto a matemática, ela continua sendo o modelo de rigor dentro da