Argumentos a favor das cotas
A justificativa para o sistema de cotas é que certos grupos específicos, em razão de algum processo histórico depreciativo, teriam maior dificuldade de mobilidade social e oportunidades educacionais ou que surgem no mercado de trabalho, bem como seriam vítimas de discriminações nas suas interações com a sociedade.
Essas ações afirmativas são uma medida de caráter temporário. Importante lembrar que o conceito de raça utilizado não é o conceito biológico, mas sim o de construção social.
De acordo com o Censo Demográfico de 2010, no grupo de pessoas de 15 a 24 anos que frequentava o nível superior, 31,1% dos estudantes eram brancos, enquanto apenas 12,8% eram negros e 13,4% pardos. Dados que apontam a grande diferença que existe no acesso a níveis de ensino pela população negra.
A implantação dos primeiros programas de ações afirmativas, entre os quais a política de cotas, decreta o fim do mito da democracia racial, ou seja, do mito da ausência de preconceitos ou discriminações raciais no Brasil. A vigência desses programas, por si só, é a prova cabal de que existe tanto racismo quanto um problema específico do negro no país, pois, caso contrário, não haveria a necessidade de medidas reparatórias para esse segmento populacional. As bases ideológicas de sustentação do mito da democracia racial, portanto, estão sendo implodidas.
a) CRÍTICA: Tal programa seria uma reivindicação reformista, e não revolucionária.
Ela não é um fim em si mesma, mas um meio, uma medida especifica transitória que, no Brasil, e progressista, pois, entre outros motivos, tem o poder de proporcionar visibilidade ao povo negro.
b) CRÍTICA: o ingresso de negros nas universidades pelo programa de cotas subverte o mérito.
Em uma sociedade