Argentina

440 palavras 2 páginas
Assim como no México, a crise de 1929 foi sentida na Argentina. Até então este país vinha experimentando um período de prosperidade econômica, porém os ventos da crise abalaram o que parecia eterno e tornou visível a subordinação da classe dominante a vontade inglesa. Porém e mesmo que indiretamente, a grande crise promoveu o crescimento da indústria nacional (não a de base) nas áreas de têxteis, alimentos e metalurgia, já que o comércio internacional encontrava-se em declínio, dificultando as importações e exportações.
Já vice-presidente da República e ministro da Guerra de um governo estabelecido por Golpe em 1943, caracteristicamente conservador, como o anterior, em 1930, Perón passou a acumular também, cargo na Secretaria de Trabajo y Prevision. Com as medidas que tomou como responsável por esta secretaria, Perón conquistou o apoio de trabalhadores - ao mesmo tempo em que desarticulou os sindicatos mais politizados e combativos ao governo -, fator que o colocava como candidato apropriado a presidência. Ele vence as eleições contra o candidato da União Democrática por uma pequena diferença de sufrágios.
O governo populista argentino também ofereceu muitas benfeitorias aos trabalhadores, proporcionando aumento de salário, entre outros benefícios sociais, já que iniciava sua administração em um período no qual a Argentina encontrava-se extremamente favorecida economicamente. O governo de Perón pode ser caracterizado por um extraordinário crescimento da indústria leve e nacionalização das estradas de ferro – anteriormente inglesas -, entre outras empresas de transporte, elétricas e de serviços telefônicos. Já “do ponto de vista político, a centralização do poder e o crescente autoritarismo do Executivo podiam ser nitidamente detectados” (PRADO, 1981, p.51). As realizações promovidas em seu primeiro mandato não foram possíveis de se repetir em seu segundo. Um país com uma condição econômica forte não era a realidade que Perón encontrou em 1951, pelo contrário, as

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