Argentina

1172 palavras 5 páginas
Argentina, conjuntura política na década de 70: Guerra Suja.

O termo "Guerra Suja na Argentina" designa internacionalmente o modo habitual o regime de violência indiscriminada, perseguição, repressão ilegal, tortura sistemática, desaparecimento forçado de pessoas, manipulação da informação e terrorismo de Estado, que caracterizou a ditadura militar autodeterminada Processo de Reorganização Nacional, que governou o país entre 1976 e1983. Vítimas da violência incluíram vários milhares de ativistas de esquerda, incluindo sindicalistas, estudantes, jornalistas, marxistas e os guerrilheiros peronistas e simpatizantes. Cerca de 10 mil desaparecidos sob a forma dos Montoneros, guerrilheiros do Exército Revolucionário do Povo (ERP) foram mortos. As estimativas para o número de pessoas que foram mortas ou "desapareceram" variam de 9.000 a 30.000.

Jorge Rafael Videla (1976-1981)
O país se encontrava num caos político posteriormente à morte de Perón. Grupos extremistas paramilitares realizavam sequestros e assassinatos. Nesta situação surge o autodenominado Processo de Reorganização Nacional, presidido originalmente por Jorge Rafael Videla, que se caracterizou por acentuada repressão, levando a cabo constantes perseguições, torturas e execuções de presos políticos. Assim como os outros países do Cone Sul, o governo argentino integrou a Operação Condor.
A administração de Videla foi marcada por violações sistemáticas aos direitos humanos, principalmente nos meios estudantis, além de questões de limites de fronteira com o Chile, que estiveram próximas de um conflito armado — matéria diplomaticamente mediada por João Paulo II. Houve também desmantelamento dos sindicatos e polarização na divisão de classes sociais.
É durante o seu governo que surge, devido aos inúmeros detidos desaparecidos, as Mães da Praça de Maio, associação de mães que durante anos reivindicou do governo o paradeiro de seus filhos. As caminhadas ocorriam todas as quintas-feiras e só deixaram de ser

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