Areté

Areté: Correspondia ao ideal de homem que os gregos elaboraram e que se pretendia formar. É o superlativo de agathós, que significa bom, nobre, corajoso, valente. Ultrapassa a conotação ética ou moral de virtude, termo pelo qual normalmente é traduzida. Nas obras de Homero designa a excelência dos seres humanos e dos deuses, ressaltada pela coragem, como a principal característica do herói. Este ideal era alcançado mediante um rigoroso processo de disciplina, que Platão também chamou de adestramento. O sentido do dever, exercitado na disciplina, encontrava na honra o seu prêmio, expressão da medida da areté e o fundamento da ordem social, mesmo que o preço desse dever fosse a própria morte. Esse modelo ideal de homem teve sua origem na nobreza grega, especificamente, na aristocracia cavalheiresca.

A formação do homem ideal apresentada pelos poemas de Homero encontrava a sua concretização somente entre os nobres. Estes moviam-se sobre o ideal do guerreiro narrado pelo poeta. Tinham grande temor pela vergonha, pelo fim do prestígio ou a perda da honra. A excelência buscada na formação ideal também carregava consigo uma busca pela superioridade, seja nas vitórias em batalha e em competições, seja na postura ética frente à vida. Uma realidade que não aplicava aos escravos. Contudo, embora encontremos diversos pontos de exclusão no que tange à educação entre os gregos pelo fato do seu acesso ser dado somente aos nobres, há, no entanto, um aspecto positivo, já mencionado nos comentários acima, que gostaria de destacar no meu estudo particular: a compreensão da formação integral do ser humano. Uma dimensão cada vez mais presente nas ciências, nos dias de hoje, tais como a psicologia e a Antropologia, mas que, embora com diferenças, já era de conhecimento dos