Arcadismo
O Arcadismo surge em um período de intensas mudanças no meio político-social, ocorriam grandes transformações na Europa, sobretudo em França, por volta da segunda metade do séc. XVIII. Período da Revolução Francesa e da manifestação intensa dos ideais iluministas.
É com base no mito da Arcádia que surgem as doutrinas desse novo período literário, seus valores vem contrapor-se ao modelo barroco e o estilo aproxima-se ao modelo clássico antigo. O Arcadismo apresenta também outras características como: O elogio da vida simples, sobretudo em face da natureza, no culto permanente das verdades morais, fuga da cidade para o campo (furge urbem), pois a primeira é considerada foco de mal estar e corrupção, desprezo do luxo, das riquezas e das ambições que enfraquecem o homem, elogio da vida serena, plácida, pela superação estóica, o gozo pleno da vida, minuto a minuto na contemplação da beleza e da natureza, etc.
Segundo o crítico Alfredo Bosi em seu livro História Concisa da Literatura Brasileira (São Paulo: editora Cultrix, 2006) houve dois momentos do Arcadismo no Brasil:
a) poético: retorno à tradição clássica com a utilização dos seus modelos, e valorização da natureza e da mitologia.
b) ideológico: influenciados pela filosofia presente no Iluminismo, que traduz a crítica da burguesia culta aos abusos da nobreza e do clero.
Seus principais autores são Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama e Santa Rita Durão. No Brasil, o ano convencionado para o início do Arcadismo é 1768, quando houve a publicação de Obras, do poeta Claudio Manoel da Costa.
Arcádia Ultramarina
Trata-se de uma sociedade literária fundada na cidade de Vila Rica (MG), influenciada pela Arcádia italiana (fundad em 1690) e cujos membros adotavam pseudônimos, isto é, nomes artísticos, de pastores cantados na poesia grega ou latina. Por isso que alguns dos principais nomes do Arcadismo brasileiro publicavam suas obras com nomes